A proposta feita pelo Palmeiras ao Atlético Nacional para contratar o lateral-direito Daniel Muñoz envolve uma solução à dívida de US$ 3 milhões (cerca de R$ 13,5 milhões) em relação a Borja com o clube colombiano. O presidente Maurício Galiotte informa que a tentativa de acabar com o problema é debatido na negociação pelo reforço pedido por Vanderlei Luxemburgo.
– A proposta que fizemos pelo atleta contempla essa situação que envolve o Borja. O entendimento do contrato é um pouco diferente entre as equipes, mas estamos tentando e essa negociação envolve, também, o percentual que está aberto do Borja. Faz parte de um todo do negócio que estamos compondo – disse Galiotte em entrevista à Fox Sports nesta quarta-feira.
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Palmeiras e Atlético Nacional tiveram divergência quanto a compra de 30% dos direitos econômicos de Borja por parte do Verdão, dono dos outros 70%. Os colombianos entendiam que, se o centroavante não fosse vendido até agosto de 2019, o Verdão teria de adquirir esta fatia por US$ 3 milhões (pouco mais de R$ 11 milhões na época). O clube brasileiro não pagou por considerar que não há prazo definido e ter um acordo verbal para repassar quando vendê-lo – o atacante, no momento, está emprestado ao Junior Barranquilla.
O Palmeiras já trabalha abertamente com a possibilidade de contar com Daniel Muñoz somente no segundo semestre. O clube não pode inscrever mais ninguém na fase de grupos da Libertadores, podendo fazer trocas na lista de 30 atletas a partir das oitavas de final, se o time avançar, em julho. Além disso, o Atlético Nacional não deseja abrir mão agora do seu capitão e um dos destaques da equipe, frequente na seleção colombiana.
– Fizemos alguns contatos, existe a demanda para que fique lá por, pelo menos, mais dois ou três meses, o que é um detalhe importante nessa negociação. Aguardamos as possibilidades, como foi a negociação do Rony. Existe um amadurecimento em cada uma das negociações e trabalhamos sempre de maneira responsável. Buscamos alternativas com o Nacional e estamos tentando. Se não for possível, buscaremos outro nome – falou Galiotte.
A vinda de Muñoz, de 23 anos é vista como necessária. O jogador já vinha sendo acompanhado pelo clube e agradou ao ser visto de perto no empate por 0 a 0 diante do próprio Palmeiras, na Florida Cup. O lateral-direito tem as características que Luxemburgo gostaria de encontrar em alguém no setor, com velocidade, capacidade defensiva e chegada frequente ao ataque, tal como faz Matías Viña, lateral-esquerdo uruguaio ex-Nacional. E não se descarta liberar Marcos Rocha ou Mayke, laterais-direitos do elenco.
– Liberar ou não depende da comissão técnica. Temos vários campeonatos e grandes jogadores, mas com características distintas. O departamento de futebol solicitou outra caraterística de atleta que, dependendo do jogo, vamos precisar. Para ter objetivo de título, o elenco precisa atender, quando tiver necessidade, com características diferentes. Não é necessariamente dizer que precisamos de posição A ou B, mas de um elenco mais completo possível em termos de perfil – explicou Galiotte, prevendo até mais dois reforços até julho.
– O Palmeiras sempre está aberto a possibilidade. Buscamos bons nomes para compor nosso elenco, que já é qualificado. É possível contratar outros atletas no decorrer do ano. Trabalhamos, como dissemos no ano passado, utilizando garotos da base, a saída de alguns, permanência da base do time e contratações pontuais. Há expectativa de que, até a metade do ano, tenha mais um, talvez dois nomes – indicou o presidente.
Fonte: Lance!
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